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AMEAÇA DE PRISÃO - Fala anti-Lula de André Ventura viraliza após vitória da centro-direita em Portugal

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Vídeo de 2024 em que líder do partido Chega promete vetar entrada de Lula em Portugal volta a circular nas redes após eleições parlamentares

Brasília / Lisboa – Uma fala polêmica do líder do partido português Chega, André Ventura, voltou a ganhar repercussão nas redes sociais neste domingo (18/05/2025), na esteira da vitória da coligação de centro-direita liderada pela Aliança Democrática (AD) nas eleições legislativas em Portugal. Em um vídeo gravado em 2024, Ventura afirma que, caso fosse eleito primeiro-ministro, vetaria a entrada do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em território português.

A gravação voltou a circular com força entre perfis conservadores e opositores de Lula, que celebraram o desempenho da direita nas urnas em Portugal. No vídeo, André Ventura dispara:

"Eu garanto-vos que, se eu for primeiro-ministro, Lula da Silva não entra em Portugal. E se insistir em entrar, será preso aqui mesmo por corrupção."

A fala gerou críticas e reações de repúdio na época, tanto de autoridades diplomáticas quanto de políticos portugueses e brasileiros, por violar normas básicas das relações internacionais. No entanto, com o crescimento do Chega — que se consolidou como terceira força no Parlamento — e a vitória da AD, que inclui o Partido Social Democrata (PSD), Ventura voltou aos holofotes.

Contexto político

A coligação AD, de centro-direita, venceu as eleições parlamentares de março de 2025, encerrando um ciclo de governos do Partido Socialista. Apesar de não ter maioria absoluta, a aliança abriu espaço para conversas com o Chega — cujo discurso conservador e linha dura em imigração, segurança e valores tradicionais encontra eco em parte do eleitorado português.

André Ventura é conhecido por suas declarações polêmicas e postura ultranacionalista, frequentemente comparado a figuras como Jair Bolsonaro no Brasil. Sua aproximação com lideranças da direita latino-americana e europeia tem sido marcada por retórica contra o que chama de “esquerdismo globalista”.

Repercussão no Brasil

A repercussão do vídeo reacendeu o embate político no Brasil. Aliados de Lula condenaram as declarações como “xenofobia travestida de discurso político” e ressaltaram que nenhum governo estrangeiro pode prender um chefe de Estado de forma arbitrária. Já parlamentares da oposição utilizaram o episódio para criticar o prestígio internacional do presidente brasileiro.

Nos bastidores diplomáticos, o Ministério das Relações Exteriores monitora a situação, mas evita comentar oficialmente declarações de líderes partidários estrangeiros que não ocupam cargos executivos. A Embaixada do Brasil em Lisboa também não se manifestou.

Chega e a nova configuração política portuguesa

Embora Ventura não tenha sido eleito primeiro-ministro, o crescimento do Chega — que passou de 12 para mais de 40 assentos no Parlamento — torna o partido uma peça-chave nas negociações da nova legislatura. A possibilidade de uma aliança formal ou informal com a AD ainda é motivo de debate em Portugal.

A vitória da direita no país europeu ecoa mudanças no cenário político de outras nações do continente, com o fortalecimento de partidos conservadores e eurocéticos.

Enquanto isso, o vídeo de André Ventura segue viralizando em plataformas como X (antigo Twitter), TikTok e Instagram, reacendendo polêmicas sobre os limites da retórica política e os impactos das falas de líderes populistas nas relações internacionais.

Fonte: noticiastudoaqui.com

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