Conflito entre Israel e Irã motiva saída de autoridades brasileiras; Marcos Rocha opta por permanecer no país
Por Redação, 16/06/2025 - Enquanto uma comitiva de 12 autoridades brasileiras cruzou a fronteira terrestre entre Israel e Jordânia nesta segunda-feira (16), o governador de Rondônia, Marcos Rocha, optou por permanecer em território israelense. A decisão chama atenção diante do aumento das tensões na região em função do recente conflito entre Israel e Irã, que já provocou explosões em Tel Aviv e Jerusalém.
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) confirmou que o grupo de gestores públicos chegou com segurança à Jordânia nas primeiras horas da manhã (horário de Brasília), após uma viagem por via terrestre marcada por riscos e incertezas.
Segundo informações, 18 brasileiros integravam originalmente o grupo, mas apenas 12 seguiram viagem, enquanto os demais, incluindo o governador rondoniense, optaram por permanecer em Israel diante do receio de possíveis bombardeios durante o trajeto.
Comitiva brasileira que deixou Israel é formada por:
- Álvaro Damião Vieira da Paz – prefeito de Belo Horizonte (MG)
- Cícero Lucena – prefeito de João Pessoa (PB)
- Welberth Porto – prefeito de Macaé (RJ)
- Johnny Maycon – prefeito de Nova Friburgo (RJ)
- Claudia da Silva – vice-prefeita de Goiânia (GO)
- Janete Aparecida Silva Oliveira – vice-prefeita de Divinópolis (MG)
- Márcio Lobato Rodrigues – secretário de Segurança Pública de Belo Horizonte (MG)
- Davi de Mattos Carreiro – chefe executivo do Civitas (RJ)
- Gilson Chagas – secretário de Segurança Pública de Niterói (RJ)
- Francisco Vagner Gutemberg de Araújo – secretário de Planejamento de Natal (RN)
- Flavio Guimarães Bittencourt do Valle – vereador do Rio de Janeiro (RJ)
- Francisco Nélio – tesoureiro da CNM
Declarações e contexto
O secretário Francisco Vagner, de Natal (RN), que está entre os que conseguiram sair, relatou que a decisão de partir não foi fácil:
“Fomos o primeiro grupo a sair. Alguns brasileiros preferiram não seguir por receio dos riscos. De 18 brasileiros, viemos 12”, afirmou.
O senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Israel, também acompanhou a movimentação do grupo e confirmou que uma das 13 pessoas inicialmente prontas para a saída desistiu na noite anterior, por medo dos ataques.
O Itamaraty monitora a situação de todos os brasileiros na região e orienta cautela. Até o momento, não há registro de feridos entre os representantes políticos brasileiros.
Tensões no Oriente Médio
O aumento do conflito entre Israel e Irã nas últimas semanas provocou alertas internacionais e suspensões de voos. Tel Aviv e Jerusalém registraram explosões recentes, e a tensão geopolítica tem causado apreensão entre turistas e autoridades estrangeiras.
A Jordânia, país vizinho a Israel, tem sido um dos principais destinos de fuga para quem busca deixar a zona de conflito por via terrestre.
Sem posicionamento oficial
Até o fechamento desta matéria, o governador Marcos Rocha ainda não havia se pronunciado oficialmente sobre sua permanência em Israel nem sobre os motivos para não acompanhar a comitiva.
A ausência de declaração levanta questionamentos sobre os protocolos de segurança adotados por representantes públicos brasileiros em viagens oficiais a regiões instáveis.
Resumo dos fatos:
- 18 brasileiros estavam na região, ligados à CNM; 12 decidiram partir para a Jordânia.
- Governador Marcos Rocha (RO) está entre os que permaneceram em Israel.
- Saída foi motivada por escalada do conflito Israel-Irã, que já causou explosões em cidades-chave.
- Itamaraty acompanha a situação; não há registro de feridos.
Permanência de Marcos Rocha em Israel pode gerar desgaste político e pressão diplomática
A permanência do governador de Rondônia, Marcos Rocha, em Israel, enquanto outros 12 representantes brasileiros deixaram o país em meio ao agravamento do conflito com o Irã, levanta questionamentos sobre sua avaliação de risco, responsabilidade institucional e articulação com o Itamaraty.
Ponto de atenção:
- Marcos Rocha optou por ficar em território sob risco de bombardeio, contrariando o movimento coordenado por parte da comitiva e o posicionamento de prudência sugerido por órgãos diplomáticos.
- Sua ausência na evacuação pode ser interpretada como sinal de despreparo ou subestimação dos riscos, e pode repercutir mal junto à opinião pública, especialmente se houver agravamento do conflito.
Repercussão política:
- A oposição no estado pode usar o episódio para questionar o discernimento e a responsabilidade do governador em manter-se em zona de risco.
- Pode haver pressão sobre o Palácio do Planalto e o Itamaraty, caso a segurança dele seja comprometida.
Fonte: noticiastudoaqi.com