Com a safra recorde de soja em 2024/25, somada ao atraso na colheita e à crise hídrica em Rondônia, os portos de Porto Velho enfrentam dificuldades para escoar os grãos. Mais de 1 mil caminhões chegam a esperar três dias em Candeias do Jamari (RO) para descarregar.
A produção sai da colheita em caminhões, chega ao porto, onde é descarregada e escoa de barcaças através de rio Madeira até o porto de Santarém (PA), de onde é exportada.
A capacidade de embarque no Porto de Porto Velho é de 10 mil toneladas por dia, equivalente a 200 caminhões. Imagens aéreas mostram a quantidade de veículos que esperam a vez de deixar a carga. Se esses caminhões estivessem enfileirados um atrás do outro formariam uma fila de Porto Velho até Candeias do Jamari (RO), cidades com aproximadamente 30 km de distância.
De acordo com caminhoneiros que operam na região, a demora gera outros problemas como despesas extras com taxas. Flávio, um dos motoristas parados em Candeias do Jamari, relata que já chegou a passar fome durante a espera.
"Cheguei aqui e disseram que tinha duzentos caminhões na minha frente, aí tem que esperar. Se for perguntar, falam que é falta de balsa. Às vezes, não tem nada para a gente comer, a gente fica com fome", diz.
fonte g1ro