Como todo o servidor público, o governador de Rondônia, Cel. Marcos Rocha, tem direito a férias remunerada, mas não agora, quando a população porto-velhense vive uma crise de segurança, evidenciada nos recentes atos de violência que transformaram a capital do estado num autêntico campo de batalha, alterando profundamente a rotina de seus moradores. 

Manda o bom-senso e o elevado espírito de sentimento público que o governador Marcos Rocha coloque a mão na consciência e suspenda, imediatamente, suas férias e retorne ao exercício de suas funções, como autoridade máxima do estado, deixando o lazer com a família para outra ocasião. Não é justo, porém, continuar desfrutando de uma vida boa, enquanto a população enfrenta o caos que se instalou na cidade. Essa não é apenas a opinião do colunista, mas de muitas pessoas, que não escondem sua decepção com a postura do dirigente estadual. 

Uma coisa é votar em um político; outra, contudo, completamente diferente, é ser “gado”, ou seja, do tipo que concorda com tudo que os outros desejam, que não tem opinião própria.  Por isso, sinto-me à vontade para dizer que o governador Marcos Rocha errou. Mesmo de férias, ele deveria ter enviado pelo menos uma nota de solidariedade à população de Porto Velho, vítima da onda de violência que ainda domina a cidade, não somente como forma de levar um pouco de tranquilidade aos seus moradores, mas também como prova de respeito e consideração pelos seus concidadãos. Se o fez, e eu não a li, desculpe-me. Caso contrário, mantenho minha opinião de que o dirigente estadual pisou na bola.