A Faculdade Santa Marcelina expulsou 12 estudantes do curso de Medicina acusados de cantarem hinos e usarem uma bandeira em apologia ao crime de estupro durante uma competição esportiva universitária realizada no dia 15 de março. Outros 11 alunos foram suspensos. O anúncio das punições foi feito na noite desta segunda-feira (28), em comunicado divulgado nas redes sociais da instituição de ensino.
Conforme a faculdade, os estudantes protagonizaram uma sequência de gestos e atos agressivos, considerados machistas e misóginos. Uma foto que viralizou nas redes sociais mostra um grupo de alunos ao redor de um bandeirão escrito: “entra a p…, escorre sangue”.
A identidade dos alunos punidos não foi informada e, por isso, não foi possível localizar a defesa de cada um deles.
Após o episódio, a faculdade interditou a atlética, abriu uma sindicância para apurar o caso, e levou a situação ao Ministério Público e para a Polícia Civil – que também investiga a ocorrência.
Após avaliação, a instituição decidiu pelo desligamento de 12 estudantes e na aplicação de sanções regimentais a outros 11 alunos. Entre essas sanções, estão suspensão e outras medidas disciplinares que não foram detalhadas.
– A Faculdade Santa Marcelina comunica que as sindicâncias instauradas no dia 21 de março de 2025 em decorrência dos fatos ocorridos em 15 de março, com integrantes da Associação Atlética Acadêmica e relacionados a torneio esportivo, foram apreciadas em primeira instância nesta segunda-feira (28), sendo que 12 (doze) estudantes foram, nesta data, desligados da Instituição, e outros 11 (onze) estudantes receberam sanções regimentais que configuram suspensões e outras medidas disciplinares – informou a entidade, em comunicado divulgado nas redes sociais.
A atlética continuará interditada por tempo indeterminado, informou a entidade.
– Comprometida com a transparência, os princípios éticos e morais, a dignidade social, acadêmica e a legislação vigente, a Faculdade Santa Marcelina reafirma sua postura proativa e colaborativa em relação ao assunto, perante as autoridades competentes – acrescentou a faculdade, na nota.
O caso ocorreu durante a Intercalo, um evento esportivo voltado aos calouros da faculdade. A apresentação da bandeira envolveu alunos do time de handebol e membros da atlética – agremiação formada em faculdades e universidades para a promoção de eventos esportivos, sociais, culturais e festivos.
A frase faz parte de um hino da atlética da faculdade que, pelo conteúdo sexual, machista e violento, foi banido em 2017.
A denúncia foi feita pelo Coletivo Francisca, um grupo formado por alunas e ex-alunas da faculdade.
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