Organização criminosa é alvo de megaoperação em RO e três estados; vereador está entre os presos




Uma organização criminosa suspeita de crimes como extorsão, tortura e desmatamento foi alvo da maior operação já realizada pelo Ministério Público de Rondônia (MP-RO). O objetivo é cumprir 50 mandados de prisão temporária e bloquear mais de R$ 2 bilhões em bens dos investigados.

A ação acontece em quatro estados: Rondônia, Mato Grosso, Amazonas e Pará. De acordo com apuração, um vereador de Nova Mamoré (RO) está entre os presos. A identidade dele não foi revelada. Além das prisões, a Justiça de Rondônia determinou o cumprimento de 120 mandados de busca e apreensão.

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As apurações começaram em setembro de 2022, a partir de uma denúncia sobre extorsões na zona rural de Porto Velho. O grupo atuava especialmente em Nova Mutum Paraná, obrigando pessoas a entregar parte de suas terras. Eles usavam até armas de uso restrito para coagir as vítimas.

As terras, obtidas de forma criminosa, eram vendidas para terceiros e o dinheiro lavado com uso de laranjas, empresas de fachada e compra de imóveis. Além disso, eles transferiam os valores entre várias contas bancárias para dificultar o rastreamento.

Segundo o MP-RO, os suspeitos desmataram uma área de 25 mil hectares, equivalente a 35 mil campos de futebol de tamanho oficial. Os danos materiais, ambientais e climáticos somam mais de R$ 2 bilhões.

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Entre os anos de 2020 e 2025, os investigados movimentaram mais de R$ 110 milhões em suas contas bancárias. Esse valor representa entradas de créditos, ou seja, depósitos, transferências recebidas e outras formas de entrada de recursos.

A operação chamada "Godos" conta com um efetivo de 500 pessoas, incluindo agentes das policias de Rondônia Amazonas e Pará, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Rondônia, a Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania de Rondônia (Sesdec), Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental de Rondônia (Sedam), Departamento Estadual de Estradas de Rodagem e Transportes de Rondônia (DER) e o Ministério Público do Mato Grosso.

fonte g1ro

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