Hora de decisão

ColunistaValdemir Caldas

Não se discute a importância do debate político no rádio, no palanque eletrônico, na televisão, como um dos instrumentos da democracia.  Consciente disso, a imprensa tem oferecido ampla cobertura à atual campanha, garantindo oportunidades iguais. Em nível estadual, os principais jornais de Rondônia vêm abrindo espaços generosos para entrevistas com os postulantes ao governo do Estado, faltando, apenas, a realização do grande debate entre eles.

Infelizmente, nem todos os postulantes têm sabido aproveitar essa oportunidade impar para levar suas mensagens à população, insistindo na mesmice e na apresentação de propostas ridículas, que jamais sairão do papel, em vez de dizerem, em linguagem simples e direta, para que todos compreendam, como vão fazer, por exemplo, para reduzir a criminalidade – um dos problemas que mais aflige a sociedade, ao lado da questão do desemprego.

Não custa lembrá-los, contudo, que a população que vai às urnas, em outubro, está mais amadurecida pelos ventos democráticos. Ela não se deixa mais enganar com tanta facilidade. Sabe que, bem no fundo, estão tentando enganá-la, querendo a manutenção do atual estado de coisas, que nada muda na essência em nível de direitos e garantias individuais e coletivas.

Governar um estado como Rondônia é um desafio para gigantes. É inegável que houve algumas conquistas no governo Confúcio Moura, mas elas perdem o eventual brilho diante da cruel realidade de hoje, como a onda de violência que aterroriza a população rondoniense, com relevo para a cidade de Porto Velho.

São problemas antigos e de difícil solução. Rondônia possui um tremendo potencial ainda inexplorado. Faltam quarenta e sete dias para o grande dia. É tempo suficiente para que, depois de uma campanha exaustiva pelos meios de comunicação e pela análise do perfil de cada candidato, o eleitor possa tomar o melhor caminho. Nas mãos de cada rondoniense repousa a responsabilidade. Cuidado! Tem candidato dizendo que será o governador da mesmice, mas os fatos se encarregam de revelar o contrário.