As 7 lições deixadas pela eliminação do Brasil na Copa
Aprende-se muita, muita coisa com a Copa do Mundo. A cada quatro anos, ela nos traz lições de futebol, de vida. Algumas são definitivas. A da Rússia, a Copa dos "Haters" (aqueles que adoram odiar), não foi diferente. Acabou para a Seleção Brasileira com a derrota de 2 a 1 para a Bélgica nesta sexta-feira na Arena Kazan, mas as lições são inúmeras de um Mundial em que campeãs enfileiraram-se na queda. Seguem os belgas comandados por De Bruyne, Hazard e Lukaku para nas semifinais encarar a França, que eliminou o bicampeão Uruguai.
A promissora geração belga
O Brasil é um país acostumado a ver tudo como ou preto ou branco. A dicotomia dorme, acorda, toma café e almoça na casa de cada um. E há anos divide os críticos com relação ao rótulo que a seleção de futebol da Bélgica ganhou por unir seus melhores jogadores dos últimos anos, talvez da história. Um erro. A dicotomia impede o aprofundamento. A eliminação da Seleção para o time belga, organizado, talentoso e valente, é um tiro no peito de quem prefere desdenhar a conhecer. Evidente que eles sabem jogar. Mas também não pode ser trampolim para o oportunista: o "eu avisei!" também tem pouco a acrescentar. Até porque a vitória belga veio pelo talento de seus valores, mas também muito por erros brasileiros e casualidades.
O perigo do rótulo
Na Copa da Rússia aprendemos que rótulos podem cair com a mesma velocidade com que são colocados. Ou vai me dizer que você não se surpreendeu com a atuação impecável de Thiago Silva depois de anos com a cena do choro de 2014 martelando na cabeça de cada um? Mas e Fernandinho? O que será desse rapaz?
De novo, o volante tem atuação desastrosa no jogo da eliminação, como foi em 2014 no 7 a 1 contra a Alemanha. O gol contra, os sucessivos erros de passes e a derrota evidente nos embates com Lukaku, que começou a jogada do segundo e determinante gol, formam ingredientes de sobra para torná-lo novamente vilão. Mas até que ponto isso é justo e, mais, inteligente? A Seleção perdeu muito sem Casemiro, seu ponto de equilíbrio, Tite bancou e insistiu com o camisa 17 até o fim da partida. É sua responsabilidade. Nem só de acertos viveu o técnico no Mundial, ao contrário.
Fernandinho teve uma jornada extremamente infeliz, mas talvez pouco seria lembrada no futuro caso a bola de Renato Augusto nos minutos finais tivesse entrado ou Courtois não impedisse o gol de Neymar nos acréscimos.
Porém, outra coisa que a Copa ensina é que a história, no futebol e principalmente no Brasil, é escrita pelos vencedores. Fernandinho não pode ser coitado. Mas talvez mudar essa necessidade de caça às bruxas nos faça evoluir mais do que conseguimos em quatro anos.
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