Plano SAFRA 2018/19 vai operar com juros mais baixos

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ColunistaAroldo Vasconcelos

O governo federal fez essa semana o anuncio do valor do PLANO SAFRA 2018/2019 na ordem de R$ 194,37 bilhões, recursos destinados ao custeio e a produção agrícola e pecuária (PAP) os quais poderão ser
acessados pelos produtores rurais em todo o pais a partir do dia 02/07.

Houve redução média de 1,5% nas taxas de juros nas operações de custeio e de investimento. Redução menor do que a prospectada e desejada pelo setor produtivo rural, mas que ainda assim vem como um
aceno da União para refrescar o lado da produção nessa safra.

O ano agrícola 2018/2019 começa oficialmente em julho e o Plano Safra sempre é uma das expectativas para esta época, afinal, representa o quanto o setor agropecuário poderá usufruir de recursos emprestados via governo para fazer custeio de lavouras e investimentos em geral.

Algumas alterações no regramento para as contratações por meio do Plano Safra 2018/2019 foram anunciadas. Uma delas é em relação ao padrão de renda bruta anual dos produtores. Na safra passada, para se enquadrar no PRONAF, o agricultor precisava ter até R$ 360 mil/ano.

Agora, esse montante bruto pode ser de R$ 415 mil, o que manterá mais produtores nesta linha de crédito. Para quem acessa o PRONAMP, a renda
aceita passou de R$ 1,760 milhão para R$ 2 milhões – esse critério também vale para demais produtores, que não se encaixam no PRONAF nem no PRONAMP.

Além disso, não se aplica mais a exigência de que 80% da renda do produtor seja oriunda da atividade agropecuária.

Em relação aos juros, também há mudanças, várias delas para taxas menores – algo muito reivindicado pelo setor.

Para investimentos, na linha Pronaf Mais Alimentos a taxa de 2,5% se mantém; mas a de 5,5% baixa para 4,6% nesta safra.

No Pronaf Agroindústria a taxa também diminui de R$ 5,5% para 4,6%.
Esse programa deve ser bastante incentivado pelo Banco do Brasil e pelo BASA aqui em Rondônia na medida em que as agroindústrias familiares podem fazer o acesso ao credito para incremento de receitas
futuras.

O limite de custeio para atividades integradas (avicultura, suinolcultura e piscicultura) no caso da agroindústria é de R$ 200 mil e para as cooperativas será de R$ 500 mil.

No PRONAMP, o juro baixa de 7,5% para 6%; no MODERAGRO de 8,5% para 7%; e no MODERFROTA para de 7,5%/10,50% para 7,5%/9,5%.

Essas linhas atendem muito bem a classe media rural que poderá apostar com certa folga de caixa na ampliação da escala de sua produção e na variação de produtos.

Já nas linhas para custeio, o PRONAF terá taxas de 2,5%/4,6% ao ano (antes era 2,5%/5,5%), o PRONAMP baixa de 7,5% para 6% e os demais enquadramentos reduzem de 8,5% para 7%.

Outra novidade alvissareira neste PLANO SAFRA veio por conta dos valores-limite para a tomada de crédito.

No caso do PRONAF, o valor que pode ser acessado para compra de colheitadeiras usadas subiu de R$ 100 mil para R$ 165 mil; e para tratores usados o valor passou de R$ 50 mil para R$ 80 mil.

Agora é fazer as contas do que já tem de dividas e programar o plantio e a engorda para que 2019 traga mais azul nas contas do produção agropecuária de Rondônia.


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