A difícil missão de Maurício
O candidato a vice-governador Maurício Carvalho tem uma missão extremamente difícil, nos trinta e poucos dias que antecedem a eleição para a escolha do cidadão que vai governar o Estado de Rondônia pelos próximos quatro anos, qual seja, reduzir a patamar aceitável o alto nível de rejeição de seu colega de chapa Expedito Junior na capital.
Trata-se, portanto, de tarefa das mais espinhosas, mas não impossível de ser alcançada. Apesar de liderar a corrida governamental, ainda é muito elevado o índice de reprovação de Expedito em Porto Velho. No ninho dos tucanos, porém, fala-se que o trabalho de desdemonização da imagem de Junior junto ao eleitorado portovelhense já começou faz tempo e desenvolve-se a todo vapor. E que os resultados aparecerão já na próxima sondagem eleitoral.
Teriam contribuindo para isso, dentre tantas qualidades, a juventude de Maurício, uma biografia limpa e sem mácula, combinando com o excelente trabalho que ele vem realizando na presidência da Câmara de Vereadores de Porto Velho, em cujo terreno vem arrancando aplausos e elogios dos mais diferentes setores da sociedade e, principalmente, de servidores da Casa, muitos dos quais garantem que vão votar no candidato tucano só por causa do Maurício. Até mesmo adversários se renderam diante dos bons resultados de sua administração.
Se eleito for, espera-se que Expedito saiba valorizar e reconhecer o esforço imprimido por Mauricio e sua legião de correligionários, admiradores e simpatizantes para tornar a sua presença, digamos, mais agradável aos olhos do eleitorado da capital, e não proceda como alguns presidentes da República e governadores com relação aos seus companheiros de chapa. Aqui mesmo, em Rondônia, há relato de um ex-governador que exonerou todos os indicados por sua vice, porque teria farejado cheio de conspiração política na aproximação dela com o presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia. Até o carro oficial foi-lhe retirado. Geralmente, antes da eleição, o vice é abraçado, elogiado e admirado. Depois, é jogado num canto qualquer, relegado a um plano secundário, uma figura decorativa no governo, sem nenhuma expressão político-administrativa.
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