A esperança no fundo do poço

Se uma pesquisa fosse feita hoje para saber se a Comissão Parlamentar de Inquérito - CPI da Energisa, criada pela Assembleia Legislativa de Rondônia, para investigar eventuais abusos praticados pela concessionária, conseguirá reduzir o valor extorsivo pago pelo consumidor rondoniense na conta de energia elétrica, o resultado seria desastroso.
Os números impressionariam. Creio que 99,9% dos rondonienses não acreditam que essa CPI produzirá resultado prático. E não é sem motivo. Basta se debruçar sobre o histórico da ALE-RO. Aliás, quando o assunto é Assembleia Legislativa, a população não alimenta a menor esperança de profundas transformações, ressalvada as pouquíssimas exceções que ali têm assento.
A tão propalada mudança de conduta, que levou muitos eleitores a acorrem às urnas, simplesmente virou pó. E o que dizer do prometido crescimento econômico, esteio de muitos discursos, como única forma de se combater o desemprego, elevando-se o nível da ocupação da mão-de-obra, que nunca chega. Não é de hoje que empresários reivindicam a expansão da zona portuária do Belmont. Várias audiências públicas foram realizadas para discutir o assunto. Em vão. A corrupção, como a chaga que mais inquieta e ameaça o regime democrático, seria combatida e reduzida a patamares toleráveis e civilizados, mas o noticiário recente aponta na direção oposta.
É triste reconhecer, mas a tendência é os ventos continuarem soprando sempre mais fortes e na mesma direção, aquela que indica para os mais graves e complicados problemas estaduais, sem solução apenas porque ninguém desejou de fato resolvê-los. Não faltará quem diga que todo mundo está interessado no valor exorbitante da tarifa de energia elétrica, na precariedade dos serviços médicos hospitalares, prestados nas unidades de saúde pública, na violência, que coloca Rondônia na berlinda entre os estados da federação. No plano do discurso, todos condenam tal situação.
Ora, se há unanimidade no diagnóstico, por que tais problemas ainda não foram solucionados, ou, pelo menos, minimizados? Arrisco a resposta: simplesmente porque não há vontade politica para fazer o que precisa ser feito. São por essa e outras que não acredito que a CPI da Energisa logrará êxito. O consumidor rondoniense seguirá pagando uma das mais caras tarifas de energia elétrica do país, quando o certo seria o contrário, por motivos óbvios.
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