ALE-RO - postura melancólica

Já sustentei nesse espaço (e o faço tantas quantas vezes se fizerem necessárias) que não acredito na possibilidade de a CPI da Energisa, criada pela Assembleia Legislativa de Rondônia, para apurar eventuais ilícitos cometidos pela concessionária de energia contra consumidores de Rondônia, redundar em êxito. Perdoe-me os que pensam diferentes, mas o destino dessa Comissão será uma das gavetas da burocracia oficial, como todas as CPI’s instituídas por aquela Casa.
Meu sentimento de descrença fundamenta-se no histórico da ALE-RO. Para alguns que lá têm assento, a condição de representantes da população, legitimada pelo voto, ficou esquecida, prevalecendo à atuação mediana. E repare que a legislatura está apenas começando, mas se comporta de maneira envelhecida e cansada, sem a desenvoltura para promover mudanças e estabelecer outros parâmetros de atuação.
Até que me tenho esforçado, mas não consigo situar a ALE-RO como um espaço de defesa da causa popular, de guardiã da população, e de fiscal atenta às ações governamentais. Sua imagem está marcada pelo distanciamento que mantém em relação aos grandes temas sociais, verdadeiramente importantes à população. Escrevendo assim, pode até parecer ao observador menos atento que eu alimento algum sentimento de vindita pessoal contra aquela instituição, mas não é nada disso. Apenas penso que ela encolheu sua atuação e, consequentemente, reduziu o papel de legislar.
Nem parece que temos uma legislatura com menos de quinze meses de idade. A impressão é de que ela está chegando ao final. O eco da Casa não se faz ouvir, provavelmente porque não se posicionou diante dos problemas mais graves enfrentados pela população, como realmente deveria, preferindo recolher-se, não estabelecendo confrontos e não contrariando interesses. Gostaria de ver a ALE-RO adotando medidas que tornassem as ações da Casa mais transparentes como informar, diariamente, a presença ou ausência de parlamentares, os seus vencimentos, os valores das verbas indenizatórias destinadas aos gabinetes; as cotas de combustível, passagens áreas, postal e telefônica, para que a população, que outorga mandatos, pudesse conhecer como e de que forma são aplicados os recursos oriundos dos impostos que paga por aqueles que exercem funções parlamentares. Lamento contrariar, mas a CPI da Energisa, a meu ver, tem todos os ingredientes para acabar numa tremenda pizza gigante.
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