Palmeiras recusa ajuda da Crefisa. E reduz salários do time e de Luxa
Clube quis dividir o prejuízo da pandemia com jogadores e treinador. 25% a menos em maio e junho. Parte do direito de imagem será paga em 2021
Foi uma decisão de Maurcio Galiotte.
Mesmo com o clube sem dívidas, com o aporte financeiro das bilionárias Crefisa e Puma, o presidente do Palmeiras decidiu: nada de empréstimos ou seguir mantendo a folha salarial, de R$ 14 milhões, para o time não jogar, por conta da pandemia.
Convenceu atletas e Comissão Técnica.
Todos receberão 25% a menos nos salários de maio e junho.
Há a possibilidade de a redução seguir, caso o futebol não volte.
"Vivemos um momento de uma crise de grandes proporções no mundo. Vários segmentos estão sendo afetados e com o futebol não é diferente. Existem situações em que disposição e comprometimento são imprescindíveis para se chegar a um bom termo.
"Temos que pensar no todo para conseguirmos avançar em direção a um benefício maior. A maturidade do nosso elenco foi fundamental para que chegássemos a uma solução boa para todos", resumiu o dirigente em nota oficial do clube.
Galiotte soube costurar o acordo.
Ele tem plena consciência, de que poderia gerar um mal estar no grupo de atletas, caso decidisse diminuir os salários 'por decreto'. Ou seja, sem conversar antes com os jogadores.
Foi o que fez, usando intermediários: Bruno Henrique e Dudu.
Ciente também do gênio de Vanderlei Luxemburgo, o treinador também foi avisado que teria redução de salários de 25%.
A situação é clara.
Os atletas e a Comissão Técnica terão 25% de redução nos salários pagos na carteira de trabalho, nos meses de maio e junho. Esse dinheiro não volta mais. É redução pura e simples.
O direito de imagem, que costuma chegar a 40% do pagamento, será dividido. O de abril será pago em duas parcelas, em agosto e dezembro. E o de maio, em janeiro e junho de 2021.
Tudo já está fechado.
Luxemburgo mostra a sua participação.
"Desde o início da pandemia, eu tenho trocado bastante informação com o presidente Maurício Galiotte, com o Anderson Barros, com o Cícero Souza e feito videoconferências com os atletas. A partir dessas informações, o clube, por meio da sua diretoria e dos departamentos jurídico e financeiro, montou a proposta que o Anderson Barros apresentou aos atletas.
Crefisa se ofereceu a ajudar financeiramente. Galiotte recusou
"Os jogadores entraram em um consenso e me contataram. Eu mostrei que cabia a eles aceitar a decisão ou não, e deixei claro que, o que eles resolvessem, eu, o Anderson Barros e o Cícero Souza estaríamos fechados com eles e também faríamos parte do acordo.
"Esta decisão democrática é a maneira que temos para contribuir com o equilíbrio financeiro do clube, a manutenção do seu quadro de funcionários e atravessar este momento da melhor maneira possível."
Bruno Henrique, Dudu e Felipe Melo falaram em nome dos atletas.
"Mantivemos contato com o Anderson e o Vanderlei desde o começo para analisarmos o melhor caminho. Nossa preocupação sempre foi com os funcionários e com o equilíbrio financeiro do clube.
"Nós, atletas, concordamos e apoiamos essa decisão porque estamos todos pensando em fazer o que for melhor para o Palmeiras, que é o mais importante. Nosso objetivo é que a instituição possa manter o equilíbrio financeiro, preservar seus funcionários e minimizar os efeitos negativos dessa pandemia", disse Bruno.
Felipe Melo reconheceu a dificuldade financeira sem jogos de futebol
"Estamos vivendo uma situação bem complicada e agora, mais do que nunca, é o momento de cada um olhar e cuidar do próximo. A gente não teve nenhum tipo de problema para chegar a uma solução para esse tema e tomamos a melhor decisão para todos os envolvidos", resumiu Dudu.
"O país passa por um momento de restruturação econômica por conta da pandemia que hoje afeta o mundo inteiro e este é um momento de unirmos forças para preservarmos o bem estar e a segurança de nossas famílias", destacou Felipe Melo.
A Crefisa poderia emprestar dinheiro para que o Palmeiras não diminuísse salários.
Mas foi decisão de Galiotte negociar.
E dividir o prejuízo da pandemia do coronavírus com os jogadores e Comissão Técnica.
Conseguiu, sem qualquer trauma.
E, detalhe importante, a direção palmeirense segue sendo a mais radical entre os clubes paulistas.
Só quer a volta do futebol quando houver total segurança para os atletas, para Luxemburgo, que já fará 68 anos e está no grupo de risco do coronavírus.
Sem isso, não entrará em campo.
Palavra de Galiotte...
Fonte: R7
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