CORONA ASSUSTA - Com medo, atletas e árbitros se submetem. Por dinheiro
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Mais de 150 infectados, partidas adiadas, protocolo inconsistente da CBF. Atletas e juízes aceitam jogar Brasileiro. Mesmo com pavor do coronavírus
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San Marino, Sérvia, Suécia, Suíça
Turquia, Vaticano e Ucrânia.
Basta tirar a Rússia e toda a Europa cabe dentro da extensão territorial do Brasil.
São 8.514.876 quilômetros quadrados.
O Brasil é um país continental.
Com estados completamente desiguais economicamente.
Mesmo assim, a CBF teve cinco meses para preparar o seu protocolo para a volta do Campeonato Nacional, das Séries A, B e C, em pleno auge da pandemia.
Mas bastou a primeira rodada e foi constatado o fracasso do planejamento.
Tudo que a entidade conseguiu foi espalhar o medo, a insegurança e histórias inacreditáveis, surreais.
Como a do árbitro da Federação Alagoana de Futebol, Denis Serafim, que estava em pleno voo comercial para São Paulo, para apitar Ponte Preta e América, em Campinas, quando abriu o resultado do seu teste. E descobriu, cercado de passageiros, respirando o mesmo ar condicionado que ele: estava infectado.
Provavelmente, adquiriu o vírus na partida entre CSA e CRB. Nove atletas do CSA estavam infectados, na quarta-feira passada. Depois de novos exames, o número chegou a 18. O clube ficou com apenas 13 atleta para jogar contra a Chapecoense e a partida foi adiada.
Jean, goleiro emprestado pelo São Paulo, com coronavírus. Jogará contra o Flamengo
Assim como Goiás e São Paulo e Treze contra Imperatriz.
Antes da primeira rodada, do final de semana passada, exames constataram que mais de 150 jogadores estavam infectados.
Números assustadores.
O blog falou com dirigentes sindicais, que não quiseram se posicionar oficialmente.
E descobriu.
Jogadores têm mais medo da falta de dinheiro, de não poder sustentar suas famílias, do que o coronavírus.
Por isso não querem a paralisação dos Brasileiros.
Lembrando que a maioria dos atletas é da Série B, Série C e Série D, que começa em setembro.
Juiz soube ser positivo no avião |
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O mesmo acontece com os árbitros, muito prejudicados financeiramente pela pandemia, já que apitar é a principal fonte de renda da maioria.
Estão 'encurralados'.
Expõem suas vidas no protocolo para lidar com a pandemia, arquitetado pela CBF.
Os clubes também pressionam para que os torneios continuem, pensam no dinheiro, antes da saúde.
E a entidade está remendando seu planejamento fracassado.
A ponto da diretoria do Atlético Goianiense entrar em campo hoje, contra o Flamengo, com quatro jogadores com coronavírus. Três deles titulares.
O goleiro Jean, o zagueiro João Victor e o volante Marlon Freitas.
A direção do Atlético alegou que a Organização Mundial de Saúde não recomenda mais a quarentena de 14 dias para quem está assintomático.
Apenas dez dias.
A modificação aconteceu no dia 5 de junho.
E também a OMS apresenta estudos que não há o risco de contaminação, depois desses dez dias.
A direção do Atlético Goianiense tomou essa atitude porque o jogo não seria adiado.
Até porque, para conflito de informação, a cúpula do clube goiano avisa que os atletas estão infectados há mais de 14 dias.
Um festival de versões.
Mas há uma certeza.
Quatro infectados, em um grupo de 40 inscritos, não são levados em consideração para não haver a partida, pela CBF.
A entidade presidida por Rogério Caboclo tomou uma atitude radical.
E envolve o hospital Albert Einsten, com quem fez convênio para examinar os jogadores do Brasil todo.
Corinthians teve 23 casos de coronavírus. Entre jogadores e funcionários
Em vez de hospitais parceiros, responsáveis pelos exames, enviarem as amostras para o Einstein para a análise dos resultados, os próprios hospitais que não ficam em São Paulo, passam a ser responsáveis pelo diagnóstico.
Os resultados serão enviados à CBF 24 horas antes da partida do clube mandante. E 12 horas antes do embarque do time visitante.
Embora bilionária, a entidade não oferecerá voos fretados para as equipes. Elas que sigam comprando passagens para voos comerciais. Só o Flamengo, até agora, avisou que levará seu elenco em aviões fretados, para evitar o contato com passageiros 'comuns'.
A CBF seguirá com o Brasileiro, de qualquer maneira.
A direção até minimizou os 150 infectados.
Lembra que são 40 jogadores examinados em cada equipe. São 20 clubes na Série A, mais 20 na Série B e mais 20 na C. Ou seja, 2.400 jogadores.
E mais de 200 árbitros trabalhando nas competições.
De acordo com a entidade, está tudo 'dentro da normalidade'.
Mesmo com o coronavírus, o futebol não vai parar.
Mesmo nesse país continental.
Com um protocolo inconsistente.
Que a CBF teve cinco meses para planejar.
O Brasil contabiliza mais de 102 mil mortos.
Mais de três milhões de pessoas foram infectadas...
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