APANHOU NO MARACA - Com Gabigol no banco, Flamengo perde por 2x0 para o Ceará | Notícias Tudo Aqui!

APANHOU NO MARACA - Com Gabigol no banco, Flamengo perde por 2x0 para o Ceará

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Ceni mexe no gol, na zaga e inicia com Pedro. Em vão. Torcida reclama de Gabigol no banco. Semana certamente será de protesto

 

Flamengo zero, Ceará dois, no Maracanã, neste domingo (10), pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro 2020.

Com a derrota, o rubro-negro estaciona nos 49 pontos e fica momentaneamente no 4º lugar da competição. Embora tenha um jogo a menos, vê a chance de conquistar um título relevante na temporada ficar muito remota. Pelo que tem na tabela e, acima de tudo, pelo pouco que joga há algum tempo. O Vozão vai a 39 pontos.

Após o empate em 0 a 0 com o Fortaleza e a derrota por 2 a 1, de virada, para o Fluminense, o Flamengo entrou em campo pressionado por protestos da torcida. O título do Brasileiro é a única possibilidade de conquista importante da equipe na esticada temporada de 2020, depois das eliminações na Copa do Brasil e na Libertadores.

No primeiro turno, o Ceará venceu o confronto como mandante, no Castelão, por 2 a 0. Vinha de quatro partidas fora de casa sem derrota até reencontrar o rubro-negro no Maracanã.

O Flamengo entrou com o jovem goleiro César na vaga de Diego Alves, ainda em recuperação de um problema muscular na coxa.

O técnico rubro-negro, Rogério Ceni, tem sido criticado por demorar a fazer substituições, fazer escolhas equivocadas nas trocas e deixar o time recuar demais no segundo tempo. E, sobretudo, por manter na reserva o atacante Pedro, em excelente momento em contraponto com as fases medíocres de Bruno Henrique e Gabigol.

Na derrota de 2 a 1 de virada para o Fluminense, no meio da semana, Ceni trocou Pedro por Gabigol na metade final da segunda etapa e colocou Diego no lugar do jovem zagueiro Natan, recuando Willian Arão para a zaga.

As mudanças foram consideradas fatais para a reação do Fluminense. Mais até do que os “erros grotescos” da equipe destacados por Ceni ao final da partida (o lateral Felipe Luís errou um passe para Arão e deu a bola nos pés do volante Yago Felipe, que fez o gol da vitória tricolor aos 48 minutos do segundo tempo).

Contra o Ceará, Ceni finalmente ousou, mas de nada adiantou. Fez três mudanças no time titular. Iniciou com Pedro no lugar de Gabigol. Nas redes sociais, antes do início da partida, torcedores aprovaram a escalação de Pedro, mas não no lugar de Gabigol. E criticaram duramente as entradas do goleiro César na vaga de Hugo Souza e de Gustavo Henrique na de Natan, para formar a dupla de zaga com Rodrigo Caio.

O rubro-negro começou o jogo muito mal. Sonolento, com muitos toques para o lado, bolinha-bolinha sem objetividade, passava a sensação de que as alterações nada produziram de bom.

Tinha a posse de bola, mas não agredia, tinha postura de arame liso, e quando o Vozão tomava a bola era um desespero para a zaga rubro-negra, que continuava a deixar buracos em um bate-cabeça inacreditável.

E a punição por tantos erros não demorou a surgir. Aos 12 minutos da primeira etapa, Léo Chu recebeu ótimo lançamento de Lima no lado esquerdo e tocou rasteiro para Vina chutar forte no canto direito de César. Ceará um a zero.

Com o gol, o Vozão apertou a marcação e passou a esperar a bola do contra-ataque para matar a partida, o que dificultou ainda mais para o rubro-negro. Gerson fazia péssima partida e Felipe Luís voltou a jogar mal.

Assim, com um Flamengo improdutivo na criação e um adversário aplicado na marcação, à espera da oportunidade para dar o bote no contra-ataque, a primeira etapa chegou ao fim.

O Flamengo voltou para o segundo tempo com Diego no lugar de Gustavo Henrique e William Arão recuado para a zaga, ao lado de Rodrigo Caio. Em vez disso, poderia ter colocado Gabigol no lugar de Gerson, que não estava bem.

O time da casa voltou pressionando. Pedro, muito bem marcado, perdia as oportunidades. O rubro-negro não criava alternativas para chegar ao gol do Vozão. Aos 25 do segundo tempo, Gabigol entrou no lugar de Everton Ribeiro. Mas de nada adiantou: aos 44, quando tudo parecia caminhar para o final do jeito que estava, Kevin recebeu lançamento de Vina em contra-ataque e marcou chutando cruzado.

Dois a zero. Vitória merecida do Vozão, pelo mesmo placar do primeiro turno, coroando a disciplina tática e o acerto nos momentos de se aproveitar dos erros do Flamengo. O alarme está ligado até mesmo para a vaga na Libertadores.

Apesar dos reforços de peso e da manutenção de quase todo o elenco vitorioso na temporada anterior, apenas rubro-negros com dose brutal de otimismo mantiveram a aposta de ter um 2020 semelhante a 2019, ano em que o time conquistou seis títulos, incluindo a Libertadores, e terminou o Brasileirão 16 pontos à frente do segundo colocado.

Um projeto que começou a ser corroído com a saída do técnico português Jorge Jesus, foi corroído pela inconstância no período do catalão Domenéc Torrent e desmoronou de vez com as eliminações da Libertadores e da Copa do Brasil sob o comando de Ceni. Mesmo assim, fica evidente que a temporada do Flamengo poderia ter sido melhor.

A partir de agora, com menos de dez por cento de chances de título no Brasileirão, precisará ser quase perfeito nos próximos dez jogos e 30 pontos que lhe restam disputar para sonhar com mais uma conquista. Ou restará a inegável melancolia de apenas defender uma participação na próxima Libertadores, o que, diante do desempenho do time, deve ser a preocupação.

Com a força e o grupo talentoso que o Flamengo possui, um bom trabalho na reta final do Brasileirão não será impossível. Mas o desempenho exibido na temporada deixa, pelo menos até agora, a sensação de que será muito difícil atingir esse objetivo. Mesmo porque precisará contar também com tropeços do líder São Paulo e dos outros concorrentes ao título.

A conferir.

(R7)


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