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A gangorra da morte

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ColunistaValdemir Caldas

Enquanto autoridades e dirigentes públicos de Rondônia não conseguirem acertar os ponteiros do bom-senso quanto à adoção de medidas preventivas no combate à pandemia do coronavírus, hospitais (públicos e privados) continuarão lotados e, o que é pior, pessoas perdendo suas vidas para o vírus.

Quando se espera que as coisas vão melhor, desgraçadamente, alguém resolve baixar um decreto autorizando a liberação de festas e eventos até cem pessoas, contrariando, inclusive, especialistas, que aconselham o uso de máscaras e o distanciamento físico como medidas necessárias e indispensáveis para conter o avanço da pandemia, mas parece que ninguém os escuta. A impressão é de que se está pregando a ouvidos moucos.

Até o início da semana passada, Rondônia aparecia em cinza (queda de mortes) no mapa da covid-19. Bastou a turma relaxar nas medidas de segurança para que o estado voltasse à zona vermelha (aumento de mortes). Quando as mortes diminuem, as medidas são flexibilizadas. Quando aumenta o número de mortos, voltam as restrições. É um puxa-encolhe danado.

Agora, difícil é alguém, em sã consciência, acreditar que, depois de umas e outras na cabeça, tanta gente assim, dividindo o mesmo espaço, vai se preocupar em usar máscara e manter o distanciamento físico. É claro que não!

Infelizmente, ainda tem pessoas que preferem ignorar as normas de prevenção e acabam embargando na nau da insensatez, por pura vaidade, colocando não somente em risco a própria vida, como também a de outras pessoas, principalmente daquelas que estão seguindo as orientações das autoridades sanitárias.

 (*) Por Valdemir Caldas


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