Prefeito foi surpreendido com a devassa na SEMED?
O prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, foi rápido no gatilho na hora de assinar o decreto exonerando o Secretário Municipal de Educação, apanhando em erro pela Polícia Federal. Certo o prefeito! Em ocasiões como essa, não tem esse negócio de amigo-do-peito, aliado, correligionário ou coisa do gênero. Manda o bom-senso que se coloque de lado os laços sanguíneos ou de amizade e solte a cordada guilhotina. Infelizmente, não se observou a mesma rapidez na hora de mandar apurar as irregularidades, apontadas pela Controladoria Geral da União.
Talvez Sua Excelênciativesseevitado que a boiada arrebentasse a cerca e causasse um prejuízo enorme aos contribuintes municipais, colocando em xeque a imagem proba de sua administração. E pretender subestimar a inteligência alheia, portanto, dizer que o prefeito foi surpreendido com a devassa na SEMED. Surpresa, meu caro, ficou a população. Esta, sim, tomou o susto danado.
E agora? Bem, agora que a manada está solta no pasto, cabe reparar os estragos, reforçar o cercado e reconduzi-la ao curral. Já disse mais de uma vez, aqui mesmo deste espaço, que a prevenção e o combate a certas condutas delituosas só terá êxito se endereçado às origens dos fatos.
Não se alcançará resultado algum, no combate à corrupção, se infratores permanecerem imunes à ação da polícia e da Justiça. Mas não é isso o que pensam algumas autoridades da República. Pela segunda vez, o ministro do STF, Gilmar Mendes, mandou soltar Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, acusado de ser o operador do PSDB no esquema de propina investigado pela Operação Lava Jato, apesar de a Procuradoria Geral ter apresentado provas robustas contra o empresário. É preciso diferenciar entre cidadão e bandido. Este não pode gozar do conceito que gozam os bons cidadãos.
Nesses tempos de Lava Jato muito se tem falado a propósito da generalizada corrupção de costumes, que afeta a sociedade brasileira, desde a embutida nas novelas de televisão, até as práticas que permeiam os diversos escalões governamentais, nas diferentes esferas de poder. Diante disso, o mínimo que se poderia esperar do prefeito era que escancarasse mesmo as portas da prefeitura aos organismos de investigação.
Paralelo a isso, precisa o dirigente municipal introduzir mecanismos operacionais que impeçam a repetição da conduta apontada, tão lesiva não somente a imagem de sua administração, como também e, principalmente, ao patrimônio público, ao qual cabe ao prefeito preservar.
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