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Uma novela que parece não ter fim

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ColunistaValdemir Caldas

Têm coisas que acontecem não somente em Rondônia, mas nos quatro cantos do país. A diferença é que, por aqui, elas aparecem com mais frequência e se proliferam como bestas-feras soltas no pasto, gerando novas crias, chegando, inclusive, a surpreender até o mais experiente dos observadores.  

Em agosto de 2018, a Assembleia Legislativa de Rondônia abriu concurso público para preencher os cargos de Consultor Legislativo, Analista Legislativo, Assistente Legislativo e Advogado. O certame foi homologado em fevereiro deste ano, mas, até agora, nenhum dos classificados foi convocado. Nesse período, gabinetes e repartições teriam sido abarrotados com apaniguados e cabos eleitorais.

Quer dizer, a pessoa ralou feito burro de carga, perdeu noites de sono estudando, pagou cursinho preparatório, deixou de curtir o final de semana com a família e os amigos, para quê? Para fazer papel de idiota, de palhaço? Porque é assim que muitos deles estão se sentindo, diante da indiferença de quem tem o poder da caneta para resolver o problema, mas, simplesmente, prefere emburrá-lo com a barriga.

Depois, vem um borra botas qualquer reclamar quando a pessoa sai do sério e parte para o destempero verbal. Afinal, ninguém é de ferro. E paciência tem limite, sobretudo quando o que se está em jogo é o futuro profissional de centenas de cidadãos e cidadãs que veem seus direitos sendo vilipendiados por mero capricho ou vaidade delirante sabe-se lá de quem.

O concurso da Assembleia Legislativa está sob os cuidados da Sexta Promotoria de Justiça, muito bem comandada pelo Promotor de Justiça João Francisco Afonso. Não creio, por isso, que a ALE conseguirá empurrar o caso por mais tempo. Afinal, o que justificaria essa demora? Só vejo uma resposta para isso: o desejo mórbido de tripudiar sobre os sonhos e sentimentos alheios. Isso evidencia que a dor do outro só comove essa gente no período eleitoral. Depois, pt saudações, para não carregar no adjetivo, em respeito aos poucos que me leem.

Já disse – e repito – do respeito e da admiração que tenho pelas instituições do meu país, apesar do comportamento nada convencional de alguns de seus integrantes. Por isso, acredito que Ministério Público de Rondônia  logo chamará para si a responsabilidade e escreverá o capitulo final da novela em que se transformou o concurso da ALE.

 

 

 

 


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