Horror aos políticos
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Não imagino como você, contribuinte, que, muitas vezes, deixa de comprar alguma coisa para sua casa para pagar seus impostos, reagiria se soubesse que o seu representante viajou para Brasília, para participar de uma mobilização nacional, em defesa dos interesses da sua cidade, com tudo pago com o seu suado dinheiro, e acabou flagrado pelas câmeras de segurança andando nu pelos corredores do hotel onde estava hospedado. Não sei o que se passou pela sua cabeça ao ver as imagens, mas o meu sentimento, apesar de não me sentir representado pelo homem pelado, ultrapassou as fronteiras da decepção, para não carregar da adjetivação.
Longe de mim, contudo, pretender desmerecer a participação de parlamentares e representantes do executivo em Congressos, Seminários e Conferências, mas é fato que muitos deles sequer comparecem aos locais onde acontecem os eventos. A maioria vai, mesmo, é para passear, tomar banho de mar, encher a cara e empanturrar-se com as delícias da culinária regional. Depois, quando a imprensa cai de pau, tem gente que não gosta, vai à tribuna, fala grosso, chegando, inclusive, a tufar as veias do pescoço, correndo o risco de enfartar.
São por essas e outras que a classe política, com pouquíssimas exceções, vem acumulando, nos últimos tempos, os maiores índices de descréditos, de acordo com dados recolhidos por institutos de pesquisas. Infelizmente, em vez de os políticos se debruçarem sobre os incômodos números, simplesmente permanecem alheios a eles, como se nada compreendessem do problema, ou se nada lhes interessasse saber sobre qual o conceito de que desfrutam junto à opinião pública.
Afinal, sempre encontrarão um jeito de provarem-se merecedores da sociedade e, assim, conseguirem os votos de que precisam para continuarem desfrutando das mordomias e vantagens do exercício parlamentar ou executivo. Essa conduta, porém, tem sua contrapartida na omissão de muitos eleitores que vendem seus votos em troca de cargos na administração pública, ou, ainda, de quinquilharias, como bonés, camisetas e outros objetos. A postura desse eleitor irresponsável responde aos interesses de certos políticos pelo péssimo conceito de que eles próprios desfrutam.
Quem sabe um dia, vamos aprender a votar corretamente, colocando os homens certos nos lugares certos, e mandando às favas os vendilhões do povo, com seus discursos recheados de falsidade, capazes de qualquer sacrifício, até mesmo de um gesto de honestidade, para permanecerem na crista da onda política e, assim, continuarem mamando nas flácidas tetas do erário, sem nada construírem de proveitoso em benefício da população, que juraram defender. Não é sem motivo que vem crescendo cada vez mais a legião daqueles que dizem ter horror aos políticos, misturando todos no mesmo saco de gatos.
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