Rondônia precisa de um bom plano para o agro
Ao longo desta década, Rondônia alcançou ano a ano um bom desempenho no setor produtivo rural desde 2011; a cadeia produtiva da carne e do leite somado a produção de grãos, fruticultura, e, mais recentemente a retomada do café e a piscicultura, trouxeram alavancagem na economia estadual e a força que vem do campo é multiplicada pelo comercio e a industria.
Para registro do amigo leitor desta coluna, anote ai: nos últimos cinco (05) anos Rondônia abateu em suas plantas frigorificas com o selo de inspeção federal (SIF) mais de 10,62 milhões de cabeças de bovinos, negócios de mais de 31 Bilhões de reais.
Nos período de 2013 a 2018 a cadeia produtiva do leite, atividade principal de mais de 34 mil famílias, considerando a média diária de ordenha e sua produtividade média por propriedades, Rondônia produziu 4,09 bilhões de litros de leite.
As exportações de carne, miúdos cárneos, minérios, ouro, soja e outros produtos, para mais de 30 nações e, apenas em 2017 e 2018 foi da ordem de US$ 2.00 bilhões de dólares americanos.
O setor é bastante próspero e desempenha um reforço significativo no cômputo geral do PIB estadual que hoje está na ordem de mais de 12% e trás taxas médias de crescimento anual próximo dos seis pontos percentuais desde o inicio desse lustro.
Precisamos apenas não atrapalhar tão bom desempenho.
Digo isso ao analisar as forças internas (governo, impostos, fiscalização excessiva, ausência de investimentos públicos, organização empresarial, monitoramento da qualidade e atendimento às demandas do consumidor nacional e estrangeiro).
E no que diz respeito às ameaças (externas) como flutuações no mercado financeiro de commodities e mudanças na agenda nacional de juros, concorrência regional e aos prazos para os investimentos na agricultura e pecuária, precisamos cuidar sobremaneira de um planejamento estratégico para o agro de Rondônia.
Esse ano é preparado pelo poder público o orçamento de 2020; é época de elaboração e aprovação também do Planejamento Plurianual (PPA).
Pois bem. Fatores como investimentos na manutenção dos atuais níveis de desempenho da produção, previsão de plantas industriais e agroindustriais para agregar valor ao produto agropecuário de Rondônia precisa de elevada atenção, zelo e competência.
Os operadores comerciais, os produtores, as entidades representativas de classe e os técnicos de governo e extra-muros público devem debruçar em planilhas e reuniões.
Precisamos alinhar por exemplo os orçamentos da Seagri, da EMATER, da IDARON, da Embrapa, da SFA, da CONAB e do porto público (SOPH) com as federações representativas, sindicatos, associações e cooperativas rurais para garantir o foco definitivo na desoneração e na desburocratização, bem como no melhor plano de marketing e valorização da nossa cesta de produtos.
Nunca abrir mão do diálogo e da audição dos segmentos.
A próxima década está às portas e não podemos cochilar.
Portanto senhoras e senhores, mãos à obra.
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