Corredor Interoceânico Amazônia ocidental
Caros leitores dessa coluna de temas de economia, somos conhecidos há algum tempo de vários temas e debates e apresentação de projetos e planos relacionados com o desenvolvimento de Rondônia e dessa nossa região do eixo rodoviário da estrada federal 364 que integra o centro do Brasil com o extremo norte.
Foi em 02 de fevereiro do ano de 1.960, em meio a uma reunião com os governadores dos estados do norte, o Presidente Juscelino Kubitschek decidiu construir a então BR-364 ligando Cuiabá a Porto Velho e Rio Branco, abrindo o oeste brasileiro, trecho que só foi asfaltado em 1983, valendo o registro de que esse importante via terrestre nasce em Limeira (SP).
Entre os anos da década de 80 e 90 foi-se consolidando as cidades e as capitais dos estados do Mato Grosso, Rondônia e do Acre nesse trajeto de produção e transporte de produtos, sonhos de milhares de famílias que por aqui apelidamos carinhosamente de destemidos pioneiros, os desbravadores do novo Brasil.
Agora, já na segunda década do novo milênio, essa nossa região escolheu o agronegócio como vetor vocacional para a realização desses sonhos de bem viver e de prosperidade; fato visível pelo PIB dos estados do Goiás, Mato Grosso, Rondônia e do Acre bem como do desempenho de alguns municípios do sul do estado do Amazonas que enfrentam os desafios de produzir na Amazônia.
Meu novo livro (2.023) PROPOSTAS PARA A REGIÃO DE FRONTEIRA – Amazonas, Acre e Rondônia aborda entre outros temas da economia rural e do desenvolvimento, dados e prospecções de provimento e manutenção, bem como, pela inovação, ampliar os números que são extremamente positivos para essas cidades e os estados determinados nessa área geográfica.
Perceba no trajeto acima por onde passa o asfalto da rodovia BR 364 e num simples exercício de prospecção de valores agregados a economia e produção, comercio e logística, perceba o potencial desse projeto com mais de 40 anos de efetiva realização.
Desbravadores e empresários e técnicos, políticos, lideranças e o povo de todo o país acorreram a esse belo projeto que carece de uma espécie de cereja do bolo. Ou seja, a continuação de seu trajeto ligando definitivamente o estado do Acre com Peru para que produtos e mercadorias nossas, daquele país e do mundo oriental possam aportar pelo lado do Pacifico, gerando mais e mais oportunidades de empreender e gerar riquezas para os mercados andinos.
Esse é o debate dos projetos da PROSUL e do corredor comercial de integração econômica chamado de Corredor Interoceânico Amazonia Ocidental. É necessário que lideranças politicas desses estados interessados reúnam forças com o empresariado regional e internacional para tornar esse projeto completo nesse próximo PPA do Governo Federal que está sendo preparado desde abril para que no mês de outubro siga para o congresso nacional.
Acordos internacionais e investimentos do lado do Brasil e investimentos do lado do Peru e outras nações que possam ser beneficiados, possam deliberar sobre tão importante proposta; e o momento é esse período de julho a setembro para que o poder executivo e o poder legislativos nos estados e também na capital federal possam fazer as suas indicações de aporte de recursos orçamentários para que as obras sejam desenvolvidas no período de 2.024 a 2.028, garantindo sua realização.
Uma caravana que possa integrar esses interesses pode ser uma boa atividade para executar em agosto e setembro entre os empresários dos estados do Mato Grosso, Goiás, Rondônia e do Acre, envolvendo também o estado do Amazonas na medida em que parte de sua região geográfica de fronteira (sul do Amazonas) tem seus benefícios. Paradas em cidades estratégicas para divulgar os projetos e nas capitais para o debate aberto e público dos planos e ações que pertencem como legado a todo o povo.
O PIB desses três estados centrais do corredor da BR 364 soma atualmente R$ 266 Bilhões de reais em moeda corrente; o que, com a saída para o pacifico e os desdobramentos em várias cidades e nas capitais, poderemos possivelmente em até 10 anos dobrar esse desempenho, trazendo oportunidades de geração de trabalho, emprego e rendas para 12 milhões de amazônidas, considerando os estados do trajeto da BR 364 e parte do povo peruano.
Apenas por esse possível resultado para o ano de 2.032 os investimentos de recursos brasileiros e peruanos hoje, no corredor interoceânico da Amazonia ocidental já traduz em êxito. Portanto mãos a obra, vamos em frente porque é pra frente que se anda.
Por: Francisco Aroldo Vasconcelos de Oliveira
Economista em Rondônia desde 2.002
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