Política com P maiúsculo
A política com P maiúsculo é feita de compromissos, certo? E não é qualquer um deles, certo? Esses compromissos precisam trazer em si o gene do interesse público, que precisa estar em primeiro plano, numa democracia representativa, certo? Afinal, é para o povo que se deve trabalhar politicamente, visando sempre o bem comum, certo? Infelizmente, no Brasil no mensalão, do petróleo e do cuecão, a verdadeira definição de política tem sido brutalmente desfigurada na sua essência e na sua objetividade pela maioria dos políticos, que ignora esse aspecto em troca de seus próprios interesses ou do grupo de que participa.
E isso fica cada vez mais evidente quando se olha para o Congresso Nacional. O presidente Jair Bolsonaro confirmou a indicação de André Mendonça para o STF, na vaga decorrente da aposentadoria do ministro Marcos Aurélio de Mello, mas, até hoje, passados três meses, o presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado Federal, senhor Davi Alcolumbre, ainda não colocou em pauta a sabatina do escolhido. Não é precisa ter muita engenhosidade para saber o que realmente se esconde por trás da conduta de Alcolumbre. Barganha seria a palavra mais apropriada. E repare que Bolsonaro apoiou Alcolumbre para a presidência do Senado. Olha o troco que ele deu! É mole?
Esse é apenas um exemplo de como funciona a política no Brasil, mas há outros. Citá-los seria até desnecessário, conhecidos que são da opinião pública. O que você acha que estimula o senador Renan Calheiros, relator da “CPI do Circo”, a investir contra Jair Bolsonaro? Será que Renan quer realmente fazer justiça? Evidente que não. Move-o o desejo mórbido de buscar um detalhe em que possa se agarrar para tentar obstar o governo de Bolsonaro, na esperança de que isso converta-se em dividendo político-eleitoral, esquecendo-se de que a população dispõe, hoje, de mais instrumentos e elementos para se informar, o que lhe dá, por tabela, a possibilidade de analisar os acontecimentos com mais propriedade.
Renan é o tipo do político que só sabe fazer barulho, o que fica bem quando se faz politicagem, mas o cidadão, o contribuinte, que de bobo não tem nada, sabe diferenciar a verdadeira política com P maiúsculo da politicagem, prática essa na qual o senhor Calheiros (e muitos de sua estirpe) especializou-se.
(*) Por Valdemir Caldas
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