O germe da xenofobia

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      ColunistaValdemir Caldas

      De tempos a este, nordestinos tornaram-se alvos preferenciais da artilharia xenófoba preparada e disparada por pessoas que não têm o senso do ridículo e, o que é mais grave, o menor resquício de respeito pelo seu semelhante. Quando ameaçadas ou frustradas em suas intenções, essas pessoas logo deixam florescer seus instintos xenófobos, como se o outro fosse responsável por suas frustrações.

      Sou nordestino e tenho orgulho das minhas origens, conquanto devo muito a terra que me acolheu e na qual deitei raízes há mais de cinquenta anos, porém, não posso aceitar, tacitamente, que uma pessoa, movida pelo sentimento de vindita, invista com tamanha voracidade contra nossos irmãos do Nordeste, que contribuíram (e muitos ainda o fazem, com dignidade exemplar) pelo crescimento e desenvolvimento do Brasil, especialmente, do Estado de Rondônia, só porque uma parcela da população resolveu exercer o direito de cidadania.

      As desigualdades sociais que fazem do Brasil um dos países líderes do último mundo, ao invés de determinarem a solidariedade que os laços históricos deveriam cimentar e consolidar, terminam por inspirar condutas indignas do ser humano. O Brasil, pela extensão territorial e unidade linguística, ainda é exemplo para o mundo. Exemplo que algumas cabeças ocas pretendem olvidar, empobrecendo a vida nacional e fugindo ao combate que tantas vezes foram capazes de manter em defesa de sua proporia gente e se de seus irmãos. Sou nordestino. E com muito orgulho! Precisamos extirpar o germe da xenofobia.

      Por Valdemir Caldas

       

       

       

       


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