A farra das verbas indenizatórias

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      ColunistaValdemir Caldas

      Setenta e nove milhões de reais. Essa é a quantia que os deputados federais gastaram em 2023 com verba indenizatória (auxílio moradia, passagens áreas e terrestres, cota postal e telefonia, publicidade, entre outras mordomias). E não é preciso muita burocracia para atestar a efetiva natureza da gastança. Uma simples comprovação já é suficiente para o parlamentar receber o reembolso. E se você acha que isso só aconteça na esfera federal, dê uma olhada nos portais da transparência.

      A recordista na modalidade é uma deputada do Pará. A mulher torrou quase quinhentos mil reais só com a confecção de panfleto. E ainda tentou justificar o injustificável, dizendo que foi o meio encontrado para prestar contas ao eleitor de suas atividades parlamentares. Isso em plena era digital. É mole? Não! Esse é o Brasil, o país que abriga o segundo Congresso Nacional mais caro de todo o planeta, com custo total de 4,4 bilhões de dólares, perdendo apenas para os Estado Unidos, cuja despesa passa dos 5,1 bilhões de dólares.

      É muito gasto inútil, capaz de deixar qualquer europeu ruborizado. Pior, ainda, é quando comparamos o nível moral e intelectual da maioria dos nossos representantes com o de parlamentares da Espanha, França, Itália, Alemanha. Muitos não passariam incólumes em frente a sede da Policia Federal.  

       (*) Valdemir Caldas


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