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Devagar com o andor, que o santo é de barro

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ColunistaValdemir Caldas

 

Sinceramente, não sei quem encomendou a missa rezada
(por sinal muito mal) pelo deputado federal Lúcio Mosquini
durante a solenidade de inauguração do Hospital do
Câncer.

Verdade é que Mosquini (sabe-se lá por que), talvez
movido por forte carga emocional, que lhe embaralhou os
neurónios, saiu-se com a ideia estapafúrdia e
extemporânea de lançar o governador de Rondônia,
Confúcio Moura, à sucessão presidencial de 2018.

Não quero com isso dizer que Confúcio não reúna as
condições necessárias para postular o cargo de chefe da
Nação. Nada disso! Apenas acho que Mosquini exagerou
na dose. Ainda não chegou a hora de Confúcio. Quem
sabe em 2023, mas, agora, soa exagero.

Que diabos! Parece que só Mosquini não sabe que
Confúcio vai concorrer ao Senado Federal. Caso contrário,
não teria proferido tamanha sandice, constrangendo não
somente o governador, como também o presidente Michel
Temer (presente ao ato) que, a essa altura do campeonato,
já deve ter no bolso do paletó o nome de seu candidato
preferido para disputar à presidência da República.

Se essa foi a maneira encontrada por Mosquini para
massagear o ego do governador, ou, então, de agradecê-lo
por algum gesto de benevolência, saiba que a emenda saiu
pior que o soneto.

Eu, no lugar do governador, ficaria esperto com Mosquini.
A meu ver, ele não está querendo lança-lo candidato à
presidência da República coisa nenhuma, mas sim vê-lo
crepitar na fogueira das vaidades.

Se Confúcio resolver entrar nessa canoa furada, estará
dizendo adeus à sua eleição ao Senado, embora haja
quem se abespinhe quando eu falo sobre o assunto, mas é
a pura verdade. Como não há nada melhor do que um dia
trás do outro, deixo que o tempo encarregue-se de revelar
quem tem razão. Vai devagar com o andor, deputado
Mosquini, que o santo é de barro.


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