Não se iludam, já chegamos ao fim!

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      ColunistaValdemir Caldas

      Imagine que você tenha sido convidado para uma festa. Apesar de ter chegadopontualmente no horário marcado, você tem a sensação de que chegou no final. Horrível, não? O exemplo acima serve perfeitamente para ilustrar o que vem acontecendo com a administração Hildon Chaves. Quinze meses se passaram desde que doutor Hildon assumiu o comando do município de Porto Velho e a sensação é de fim de festa.

       

      Temos um prefeito honesto, ninguém duvida, e que está cheio de boas intenções – apesar de o inferno está cheio de bons intencionados -, mas Porto Velho continua descendo a ladeira e, o que é pior,a caminho do abismo. Doutor Hildon, está mais do que provado, mostrou-se despreparado para administrar o município. Encontra-se inteiramente perdido. Nada mais lhe resta. O discurso de campanha não coube na moldura dos graves e complicados problemas que a cidade enfrenta.

       

      O governo exauriu-se. O Poder Legislativo, diga-se, até que tem ajudado, aprovando as medidas do Executivo. Tudo, evidentemente, num clima de entendimento, colaboração e confiança. O grande adversário do Executivo é ele mesmo, com sua turma de incompetentes, que, a cada dia, vem sepultando os sonhos de milhares e milhares de portovelhenses, principalmente daquele que depositaram suas esperanças no candidato que fez juras de amor à cidade que o acolheu, mas que não conseguiu, até agora, transformar suas declarações em ações concretas e duradoras.

       

      Chegamos ao fim. E agora, o que fazer? Afinal ainda faltam quase três anos para eleição e posse do novo prefeito. Doutor Hildon está atordoado, não tem pulso firme para tocar a sua administração, para conduzi-la com eficiência, na procura de soluções para os graves e inadiáveis problemas municipais. E o pior é que não há como tirá-lo do poder. Poderá até nele permanecer na mais absoluta inércia, que não haverá remédio para apeá-lo do palácio Tancredo Neves, a menos, é claro, que surja um fato grave, capaz de suscitar a abertura de uma CPI ou coisa do gênero.

       

      Estamos, assim, diante da perspectiva do vazio. Do nada que fazer. Nada, absolutamente, nada. Só resta esperar o tempo passar e orar - se possível - de joelhos, para que o pior não aconteça. Até quando, meu Deus, seremos obrigados a conviver com esgotos e crateras a céu aberto, escuridão reinante, ônibus cacarecos, circulando pela cidade, quando não pifando no meio do caminho, servidores mal remunerados, unidades de saúde caindo aos pedaços e outras tantas sem médicos e medicamentos, enfim, um caos. Não se iludam, já chegamos ao fim.


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