Brasil, Indonésia e África do Sul se preocupam com uso de armas ocidentais contra Rússia, diz China



 

O Brasil, a Indonésia e a África do Sul estão preocupados com o fato de os países ocidentais estarem continuamente flexibilizando as condições para que a Ucrânia use suas armas para atacar o território russo, disse Li Hui, o representante especial do governo chinês para Assuntos Eurasiáticos, em uma coletiva de imprensa.

De 28 de julho a 7 de agosto, o diplomata visitou o Brasil, a África do Sul e a Indonésia, onde conversou com as autoridades sobre a solução da crise ucraniana

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"Todas as partes estão preocupadas com o fato de o Ocidente estar continuamente flexibilizando as condições para [a Ucrânia] atacar o território russo com as armas fornecidas", disse Hui na coletiva de imprensa sobre o resultado da quarta rodada da "diplomacia de vaivém" do representante especial sobre a crise na Ucrânia.

Como observou, "a situação recente no teatro de operações confirmou esses temores". Hui acrescentou que estes países também estão preocupados com o risco de escalada e agravamento do conflito.

Segundo Hui, os três países acreditam que o prolongamento do conflito ucraniano não é causado apenas pelas ações da Rússia e da Ucrânia, mas que "certos complexos militares-industriais" também estão por trás disso e "manipulam o conflito".

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Hui disse que Pequim está disposta a continuar desempenhando um papel construtivo na restauração da paz e na busca de uma solução política para a crise junto com um número cada vez maior de países pacíficos.

"Pedimos a mais países que ajudem a criar condições para a retomada do diálogo direto e das negociações entre os dois lados [Rússia e Ucrânia]."

Contudo, no dia 21 de agosto, tendo como pano de fundo o ataque das Forças Armadas da Ucrânia à região de Kursk, o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, disse que o levantamento da proibição dos ataques de Kiev com armas ocidentais contra o território russo poderia supostamente "contribuir para os esforços de paz".

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No mesmo dia, as Forças de Operações Especiais das Forças Armadas da Ucrânia informaram que haviam usado lançadores de foguetes ocidentais Himars para destruir pontes flutuantes na região de Kursk.

O Ministério da Defesa da Rússia observou anteriormente ter registrado repetidamente o uso de equipamentos militares fabricados nos EUA, inclusive o sistema Himars, durante o ataque do Exército ucraniano à região de Kursk.

De acordo com o ministério militar russo, as Forças Armadas da Ucrânia perderam três desses equipamentos nos combates na área fronteiriça.

A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse que o ataque da Ucrânia à região de Kursk estava ocorrendo com o apoio total do Ocidente, que havia autorizado essas ações.

(noticiabrasil.net)



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