A chegada do frio marca, também, o início do verão e, com ele, o crescente desabastecimento de água tratada em Porto Velho, onde o acesso ao produto está cada vez mais difícil. Na capital do estado de Rondônia, há um grande contingente de pessoas que não tem direito à água, não possui renda para comprá-la e recorre a meios não oficiais para conseguir suprir partes de suas necessidades. Parece um absurdo que esse quadro seja parte da realidade do porto-velhense, mas é.
Em 2016, Dr. Hildon Chaves elegeu-se prefeito de Porto Velho. Retornou para um segundo mandato em 2020. Deixou a prefeitura da capital com a popularidade nas nuvens. Esperava-se que a situação do serviço de abastecimento da cidade seria melhorada, mas não aconteceu. Dois antes de deixar a função, tentou emplacar a privatização do sistema, transferindo a responsabilidade do poder público à iniciativa privada, porém as negociações não avançaram.
À semelhança do ex-prefeito Dr. Hildon Chaves, o governador Marcos Rocha caminha para encerrar seu segundo mandato no comando do estado de Rondônia. Nesse período, pouco ou quase nada se avançou nesse campo. O acesso à água canalizada foi um dos compromissos de campanha do senhor Rocha, contudo a promessa não saiu do papel. A carência de uma política municipal e estadual agravou profundamente essa situação, impedindo que uma parcela expressiva da população mais carente tenha acesso a esse direito garantido pela Constituição Federal.
Infelizmente, o que se tem observado ao longo dos anos é a completa ausência de inciativa dos gestores públicos em fazerem valer os aspectos realmente importantes para a população de Porto Velho, que vem pagando alto preço pelo descaso. No próximo ano, haverá eleições, quando, então, o abastecimento de água da capital voltará a compor o mosaico das preocupações e os discursos dos candidatos, mas todo mundo sabe, ou deveria saber, que o assunto não pode ser mais compreendido como objeto de interesse eleitoreiro. Isso porque diz respeito literalmente à vida das pessoas.
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