Redação, 17.junho de 2025 - A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta segunda-feira (16) um requerimento de urgência para o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 314 de 2025, que visa derrubar o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) promovido pelo governo federal. A medida representa uma derrota expressiva para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
A urgência foi aprovada por 346 votos a favor e 97 contra, em uma votação que expôs o racha entre o Palácio do Planalto e a base aliada na Câmara. Ainda não há data para a votação do mérito do projeto, mas o placar avassalador envia um recado claro de insatisfação do Congresso com a política econômica conduzida por Haddad.
Chamou atenção o fato de que partidos com ministros no governo, como União Brasil, PP, PSD e PDT, orientaram voto a favor da urgência, reforçando a ideia de que o apoio formal ao governo está fragilizado. A votação também foi vista como uma resposta do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), ao Palácio do Planalto, que tem enfrentado dificuldades em coordenar a base e negociar medidas econômicas impopulares.
Segundo interlocutores, deputados pressionam por mais espaço e atenção do governo nas decisões orçamentárias, além de criticarem a carga tributária crescente e o que consideram uma excessiva centralização nas mãos do ministro Haddad.
O PDL 314/2025 tenta revogar os efeitos do decreto do Executivo que elevou as alíquotas do IOF sobre operações de crédito para pessoas físicas e jurídicas, justificadas pelo governo como necessárias para compensar renúncias fiscais e garantir o equilíbrio das contas públicas.
Fernando Haddad defende o aumento como “temporário e necessário” para manter o compromisso com o novo arcabouço fiscal, mas enfrenta resistência crescente não apenas no Congresso, mas também em setores do empresariado e da população.
A aprovação da urgência não significa a derrubada imediata do aumento do IOF, mas representa um risco político real. Com o aval para acelerar a tramitação, a proposta pode ser pautada para votação no plenário a qualquer momento, dependendo da articulação dos líderes partidários.
Nos bastidores, o Planalto já atua para tentar reverter votos e impedir que o mérito do texto seja aprovado, o que significaria um revés ainda mais simbólico e fiscal para a equipe econômica.
A derrota acende um alerta sobre a fragilidade da articulação política do governo Lula no segundo semestre legislativo de 2025, que ainda terá pela frente votações cruciais, como a reforma tributária complementar, a revisão do salário mínimo e o orçamento de 2026.
Para analistas políticos, o episódio desta segunda-feira mostra que o governo precisa reconstruir pontes com o Congresso se quiser avançar em sua agenda econômica sem novas derrotas.
Fonte: noticicastudoaqui.com
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