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Por que não avançamos?

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ColunistaValdemir Caldas

Nos últimos trinta anos, o estado de Rondônia não experimentou uma renovação política que se esperava dele, pelo menos alguém que se dispusesse de força suficiente para chegar ao poder e vencer as velhas e manjadas estruturas já constituídas. Tanto isso é verdade que basta a gente reparar nos governantes que se sucederam durante essa época.

Tivemos, nesse período, na trincheira da oposição, o que se poderia chamar de algumas estrelas solidárias e aguerridas, como o ex-deputado federal Eduardo Valverde e a ex-senadora Fátima Cleide, ambos do PT, entre outros poucos, que souberam manter a coerência e, com isso, conseguiram angariar respeito e credibilidade junto a importantes segmentos da população. Eduardo se foi. Fátima está por aí, mas anda sumida da mídia e da vida pública, principalmente depois que explodiu o escândalo do mensalão, que mandou pelos ares o cristal da ética petista. Não que ela tenha culpa no cartório. Pelo contrário, até onde se sabe trata-se de uma pessoa proba.  

Estamos às portas de mais uma eleição para o governo de Rondônia. Algumas pré-candidaturas estão postas. Respeito todas elas, mas deixo no ar uma pergunta: qual deles você acha que tem capacidade para apontar um novo caminho, preparar o estado para o futuro e vencer os desafios que, necessariamente, surgirão? Pode até parecer muito pedir um estadista, mas que tal alguém articulado, ético e comprometido com as causas sociais? É bem verdade que isso é o mínimo que se pode exigir de alguém que busca o exercício de um mandato popular, porém, se desejamos, realmente, ser respeitados, não basta apenas comparecer à seção eleitoral e apertar os teclados da urna eletrônica. É preciso saber votar. Antes, porém, convém voltar os olhos para o céu e pedir ao Todo-Poderoso que nos ilumine, como também ilumine os corações e as mentes dos que hoje se dispõem a governar este imenso estado a fim de que, uma vez eleito, possa romper com as velhas práticas e, destarte, encher de orgulho os seus concidadãos, ou será que estamos condenados a escolher os sempre?

*Por Valdemir Caldas


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