A grandeza da economia rural no eixo da BR 364.
Estamos em setembro de 2.023 e o Brasil segue em crise no mundo industrial e tecnológico, desde mais de 07(sete) anos com pouco debate sobre isso, um tema tão importante para o posicionamento estratégico no mundo da geopolítica, mas no campo do agro, ainda estamos muito bem, graças a investimentos, trabalho, conceito forte de famílias dedicadas a agricultura e a pecuária em mais de 2 milhões de propriedades produtivas espalhadas pelo Brasil.
Qualquer pessoa com mais de 18 anos, que tenha o segundo grau, saiba ler e escrever, e também, muitos que não tem letras formais, entretanto são de uma tremenda sabedoria, aprenderam a ter visão de mundo, vivendo experiências; todos, enfim, entendem que o setor da economia rural está salvando a balança comercial nacional desde 2.010 e que quanto mais o governo puder proteger e ampliar benefícios relacionados com a titulação e a regularização fundiária, bem como manter ou elevar incentivos fiscais poderemos ter continuidade.
Governo também precisa balizar mais suas diretrizes em relação a correta e ordeira fiscalização de excessos que logico, acontecem em qualquer âmbito comercial.
O que se vê desde meados do ano passado com o processo eleitoral e seus resultados promulgados em novembro de 2.022 até ontem é que divisões ideológicas politicas e o enfrentamento irresponsável de “lideres” estão criando semana a semana um ambiente hostil a manutenção de resultados e lógico afastando investidores nacionais e internacionais em projeto em curso e mesmo em novos projetos.
Tá passando da hora dos verdadeiros lideres nacionais remontar a mesa do dialogo e da unidade nacional em prol do desenvolvimento do Brasil, os palanques de 2014, 2026, 2028, 2020 e 2022 precisam ser desmontados ontem para que todos possam vislumbrar saídas e resultados para resolver a crise que se instalou e que muitos teimam em não ver, não aceitar e não trabalhar em cima de saídas.
Por exemplo, ficando no contexto regional de MT, RO, AC e AM – sul da região amazônica, eu mesmo escrevi em 2022 o livro PROPOSTAS PARA A REGIÃO DE FRONTEIRA onde destaco o poder da economia rural no eixo da rodovia federal BR 364 que nasce em Limeira (SP) e finda nos limites do estado do Acre com o Peru. Uma bela saída para o comercio andino.
Os dados gerais de 1/3 da economia do Mato Grosso passa pela BR 364, somando-se com 100% do PIB de Rondônia e do Acre e uma parcela também da economia do sul geográfico do estado imenso do Amazonas.
Estamos falando de um PIB regional de aproximadamente R$ 136 bilhões de reais ao ano.
Chamo isso de economia de fronteira onde você também pode ampliar para a Bolívia na medida em que a capital porto velho (portos fluviais privados e publico interagem com o agro e outros setores da economia há pelo menos 50 anos).
O corredor de produção e prosperidade que promove o sustento de mais de 216 mil famílias nessa região jamais deve ser desprezado pelas autoridades constituídas, nem pelos seus representantes temporários (políticos) e nem pelos seus empreendedores e investidores locais e nacionais.
Trata-se de sonhos de vidas inteiras dos chamados pioneiros das décadas de 50, 60 e 70 que minimamente merecem ser honrados em seus esforços e sua memória, bem como para nós que estamos vivos, uma questão de honra e de valores trabalhar com seriedade a manutenção e a garantia do futuro dos nossos filhos e netos para os próximos anos.
É um momento muito importante que empresários, lideres de verdade do mundo político, trabalhadores, estudiosos, pesquisadores, comerciantes, produtores rurais possam observar o passado recente, os dias atuais e agir positivamente para que essa economia verde, essa economia da produção nos estados do Mato Grosso, Rondônia, Acre e parte do Amazonas possamos encontrar juntos essas saídas.
É urgente que a classe dos empresários, dos trabalhadores, de políticos e de outros interessados realmente em melhoria de cenário colimem projetos e ajustem recursos físicos, humanos, financeiros e legais para salvaguardar nosso estilo amazônico de viver.
As soluções estão conosco, no meio de nós, nunca em outros países ou em outros corações que não conhecem nossas matas, nossas estradas, nossas cidades nem nossos rios e nossa vida animal.
Gente trabalhadora e produtora, gente da Amazônia, uni-vos para resguardar os dias que estão à nossa frente, vamos ao diálogo e a urbanidade que uma economia consolidada e eficaz precisa; afinal de contas, desde sempre, estamos no mesmo barco.
Por: Francisco Aroldo
Economista em Rondônia desde 2002.
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